De inspiração familiar, em homenagem aos antepassados Manuel Covas e Maria dos Prazeres, a Cortinha Velha surge no coração de Monção e parte para o Mundo dos vinhos inspirada na Alvarinho, a grande casta branca do Minho e, provavelmente, de Portugal.
Historicamente, terá sido a primeira casta a ser engarrafada estreme e, desde há muito, tem sido o porta estandarte da sub-região de Monção e Melgaço, aquela que mais notoriedade possui na região dos Vinhos Verdes. Com elevado potencial alcoólico, parte do seu prestígio advém-lhe do perfume que exalam os seus vinhos, plenos de frescura e, agora com mais propriedade, longevos. E, para além disso, versátil, capaz não só de criar vinhos tranquilos, como espumantes, aguardentes, vinagres e, porque não, Colheitas Tardias.
Elaborado apenas com uva Alvarinho em solos graníticos e saibrosos, o Cortinha Velha Colheita Tardia 2015, resulta de uma vindima até bastante precoce realizada na primeira semana de Novembro. Beneficiando das condições ideais ao desenvolvimento do fungo, a elevada humidade e a ocorrência de períodos de calor, a uva já bastante desidratada e com os açúcares concentrados foi colhida cuidadosamente para caixas de 20 quilos, a que se seguiu uma prensagem da fruta inteira. Clarificado o mosto, fermentou a temperaturas controladas de 12 graus durante 15 dias.
O resultado é um vinho de cor dourada, com aromas melados, ligeira redução que se extinguiu após algumas breves momentos no copo, compota de laranja, cítrino ácido, pouca percepção do fungo, alperce seco. Na boca revela frescura, novamente o mel, boa frescura e uma doçura bem notória, que em conjunto com acidez, criam um vinho bem equilibrado, persistente e de final médio longo. É o mais singular dos Late Harvest ultimamente provados, devendo ser provado por todos os que buscam experiências diferentes.
Tem um P.V.P. de aproximadamente 18,50 € em garrafeira e já é bastante raro ser encontrado. Aguardemos uma nova edição.