Produtor: Herdade do Rocim
Região: Alentejo, Sub-Região da Vidigueira
Castas: Moreto, Tinta Grossa, Trincadeira e Aragonez
Enologia: Pedro Ribeiro/Catarina Vieira
Viticultura: Catarina Vieira/Amândio Cruz
Teor alcoólico: 13,0 %
Acidez Total: 5,6 g/dm3
Na preservação de uma tradição milenar que remonta aos Tartessos, a Herdade do Rocim assumiu, de forma categórica, uma posição de liderança, não apenas na criação de vinhos de ânfora e talha, mas também na sua promoção.
A tradição da abertura das talhas no dia de S. Martinho é, no Rocim, um dia de excitação, concentrando-se na Herdade mais de 20 produtores, entre nacionais e estrangeiros. São às centenas os visitantes que neste dia peregrinam até à Rocim para participar na romaria de prova do vinho novo fermentado ou envelhecido na talha.
O mimetismo dos antigos foi cumprido a rigor, tendo a vinificação ocorrido em talhas de barro, sem controlo de temperatura, utilizando-se somente leveduras indígenas da região, não tendo havido quaisquer adições ou correcções dos mostos.
De cor aberta e brilhante, o vinho cativa o nariz pela sua juventude, presença de fruta fresca (framboesa, ginja) e aroma terroso. Na boca mostra-se prazeroso, de acidez contida, fresco, ligeiro especiado, mineral, salino e bastante completo e persistente. É um vinho evocativo de uma memória milenar, contando uma história de um Alentejo que quase desapareceu e, actualmente, renasce graças àqueles que souberam compreender que os saberes de antigamente fazem todo o sentido quando a eles se soma o conhecimento técnico da actualidade.