Jantar vínico e micológico
No passado dia 9 de Novembro, o restaurante bairradino Rei dos Leitões recebeu os vinhos da Herdade de Coelheiros para o já tradicional jantar micológico de harmonização.
A icónica produtora alentejana, de Igrejinha, bem perto de Arraiolos, sofre transformações profundas nos últimos anos, fruto da passagem das mãos da família Silveira para a do brasileiro Alberto Weisser.
O executivo de topo, trocou Nova Iorque, onde viveu 15 anos, para a herdade de 850 hectares, donde nascem os vinhos Tapada de Coelheiros. O principal objectivo desta aquisição, que teve uma enorme componente de paixão, foi o de relançar uma marca que já havia conhecido melhores dias e devolver-lhe o prestígio que já havia conhecido. Dentro dessa estratégia, houve uma enorme mudança na enologia com a contratação do bairradino Luis Patrão que, sintonizado com o projecto, promoveu algumas mudanças ousadas, nomeadamente, o arranque das castas internacionais plantadas na Herdade, da qual se destaca a Chardonnay, uva que caracterizou os vinhos da casa durante décadas.
À recepção foram servidos os colheita Coelheiros branco 2017 e tinto 2016. A harmonização, que esteve a cargo do Chef Carlos Fernandes, propôs como entrada os cogumelos Pé de Galinha com espargos verdes, servidos com o Tapada de Coelheiros tinto 2013. O prato de peixe consistiu numa Garoupa com Trompetas da Morte, prato refrescado Coelheiros Chardonnay 2016, naquela que será a última referência daquela uva da Herdade. Para um mais substancial Javali com boletos, o acompanhamento coube aquele que foi o vinho da noite, o Coelheiros Vinha do Taco tinto 2010. Para o final, chegaram-nos duas supresas: um Tapada de Coelheiros Garrafeira 2000, em versão de 3 litros, e um Porto Fonseca Guimaraens Vintage 2008, este uma escolha pessoal da distribuidora Litoral Wines para acompanhar a sobremesa de Tarte de Rapazinhos.