Produtor: Luísa Amorim
Região: Alentejo, Sub-Região da Vidigueira
Tipo: Branco
Castas: Arinto, Alvarinho e Antão Vaz
Enologia: Jorge Alves/António Cavalheiro
Teor Alcoólico: 13,0%
Acidez Total: 5,6 g/l
O Alentejo, berço, a par do Algarve, da cultura vínica no território nacional, trazida pelos Tartessos ao longo do Mediterrâneo, encontra nesta propriedade que entra pela Serra do Mendro um micro-clima único e condições absolutamente extraordinárias para a prática da viticultura e produção de vinhos que se distinguem numa região onde são as altas temperaturas que falam mais alto.
A escolha desta propriedade, que já havia pertencido a Américo Amorim, não foi ao acaso, tendo antes resultado de uma profunda pesquisa de um terroir que conferisse aos vinhos uma frescura tão rara nestas paragens. Aqui encontramos um Alentejo diferente, numa serra que separa o Alto do Baixo Alentejo, apresentando uma singularidade geológica e a influência de um fenómeno atmosférico que se traduz numa espécie de corredor aberto a ventos atlânticos, os quais, conjugados com a altitude, possibilitam a criação de vinhos que se distinguem pela sua singularidade.
Confesso que a primeira grande curiosidade pelos vinhos da Herdade Aldeia de Cima foi estética. Os rótulos de um bom gosto extraordinário destacavam-se com uma alusão alva ao casario alentejano. Aparentemente não foi só a mim que os rótulos impressionaram, já que a Herdade venceu o prémio de ouro dos European Design Awards, o mais prestigiado da Europa na categoria de “packaging de bebidas alcóolicas”, tendo sido também a primeira vez que uma gama de vinhos portugueses é considerada a melhor da Europa neste certame de design internacional.
Olhemos então para o vinho, oriundo de uma vinha de plantio inédito no Alentejo (em socalcos, à semelhança do Douro) a uma altitude de 424 metros.
De um ano atípico, em que à normalidade do Inverno frio e seco e as chuvas após abrolhamento, se sucederam as doenças e o escaldão que vieram inviabilizar uma maior produção, o sector da viticultura centrou o seu foco na busca da qualidade, que veio a ser alcançada com a obtenção de mostos limpos e imaculados.
Solos e climas foram fundamentais para delinear este branco desenhado na vinha, que mostra uma tonalidade amarelo palha. No nariz exibe fragrâncias suaves, frescura, citrino maduro, flor de laranjeira, mineralidade evidente e com uma percepção de barrica muito ligeira. Na boca, mostra opulência, continuando a vigorar a frescura, a acidez absolutamente perfeita, a casca de laranja e a untuosidade conferida pela muito competente barrica, que o tornou um vinho muito apelativo, cativante e com uma harmonia em todas as suas cambiantes.
Nota-se que nada foi deixado ao acaso na construção deste vinho que corre o risco de se tornar um dos vinhos brancos mais amados pelo consumidor que, cada vez mais, procura surpresas e singularidade. Grande vinho!
A notícia não podia ser mais apelativa! A Quinta de São Luiz, no coração…
O ano de 2022 foi de franco crescimento para os Vinhos da Beira Interior, que…
O Octant Douro lança a “Semana do Produtor”, uma ação que decorre nos meses de…
O evento promovido pela ‘Grandes Escolhas’ conta, nesta edição, com cerca de 400 produtores,…
No próximo dia 15 dde Setembro, o The Yeatman promove aquela que será a última…
Se a casta Baga encontrou na Bairrada o seu território natural, a realidade mostra-nos que…