Tipo: Tinto
Região: DOC Trás-os-Montes, Sub-Região de Chaves
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz
Enologia: Carlos Bastos/Pedro Pimentel
Acidez Total: 5,2 g/l
Teor Alcoólico: 13,0 %
O investigador Adérito Medeiros Freitas, natural do concelho de Valpaços, dedicou cerca de 40 anos da sua vida a estudar, referenciar e catalogar lagares cavados no granito, sobretudo no concelho de onde é natural. O exaustivo trabalho, permitiu ao longo do tempo descobrir mais de 100 lagares quer teriam as mais diversas finalidades, sendo maioritariamente para fins de culto, sacrificiais pagãos, e produção de vinho.
Curiosamente, o primeiro contacto que o investigador teve com estas estruturas ocorreu, não em Valpaços, mas em Chaves (Castro da Curalha), com a descoberta quase acidental de um lagar escavado com cerca de 2,5 m de comprimento e cerca de 41 cm. de profundidade.
E o que tem aguçado a curiosidade dos estudiosos ao longo das últimas décadas é mesmo sobre há quanto tempo se produzirá vinho em Trás-os-Montes, havendo investigadores que estão convictos que a origem da produção local remonta à pré-história, o que tornaria Trás-os-Montes no berço do nascimento do vinho no território nacional.
Perante as dúvidas cronológicas, uma coisa é certa, Trás-os-Montes cria vinhos únicos e isso sente-se na perfeição.
Olhemos então para o projecto Head Rock Wines, ainda recente mas ambicioso, assente na filosofia de que a tecnologia trazida para a adega não deve servir senão para potenciar as qualidades da uva trazida da vinha.
E isso traduz-se em pequenos, mas importantes gestos, que no seu todo fazem toda a diferença no vinho que provámos, desde logo o transporte da uva em caixas de 20 quilos de modo a preservar a sua integridade, o desengace total, a utilização de gelo seco para evitar qualquer laivo de oxidação, o recurso a prensas pneumáticas, entre outras técnicas absolutamente essenciais. Diga-se, no entanto, que toda esta tecnologia não influi naquilo que distingue e que, eu pessoalmente, apreciei no vinho, que é o facto de não haver quaisquer dúvidas que estamos perante um vinho que transpira o terroir transmontano por todos os poros.
De cor vermelho grená, respira autenticidade aromática, onde predominam as notas firmes de bosque (esteva, caruma, amora madura) envolto num certo exotismo de madeiras nobres, de forma harmoniosa e sem se impor ao carácter do próprio vinho. Na prova de boca, ressalta a frescura, acidez equilibrada, tanino fino e uma intensa sensação de conforto trazida pela qualidade irrepreensível da fruta. Com um olho no passado, o Head Rock traz para os dias de hoje um perfil atraente, cosmopolita, tornando-se um sério candidato a poder ser exibido fora dos mercados locais como um modelo do que pode uma região semi-isolada mas com um peso histórico tremendo trazer de surpreendente ao mundo competitivo dos vinhos.
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