Tipo: Branco
Região: Douro
Castas: Viosinho 100%
Enologia: Marta Casanova
Teor Alcoólico: 14,0%
É um facto evidente que Portugal está a produzir brancos cada vez com maior qualidade, alcançando uma complexidade e ambição notável mesmo em exemplares bem jovens. O segredo, esse resulta do evidente progresso da viticultura e enologia nas duas últimas décadas, mas sobretudo do trabalho conjunto feito de uns (viticultores) com os outros (enólogos). É desse compromisso que se definem plantações, escolhas de altitude, exposição solar e momento de vindima, de modo a que, na adega, parte do caminho já esteja percorrido quando a uva lá entra.
A atipicidade do ano, com elevadas temperaturas e períodos com temperaturas abaixo do normal em meses onde não era habitual, motivou maiores cuidados. Contudo, o resultado terá sido muito acima das expectativas, pois permitiu criar um vinho cativante.
De cor amarelo pálido cítrico, revela bastante elegância no nariz com umas ténues notas florais, que vão crescendo no copo à medida que a temperatura do vinho vai subindo. Ameixa verde, ligeira pederneira e um muito agradável aroma amanteigado, fruto da fermentação em barricas de 500 litros, onde também estagiou até ao seu engarrafamento.
Na boca é vibrante, mineral e exibe uma acidez impressionante, que o torna um vinho pleno de frescura, sem que o álcool se imponha. Não deve ser servido demasiado fresco – mais próximo dos 14 a 15 graus- uma vez que cresce notavelmente no copo. Jovem mas cheio de personalidade, bela estrutura, persistência e com uma vertente gastronómica incontornável.
Um dos mais notáveis vinhos brancos de colheita recente que terei provado nos últimos tempos.