Produtora: Patrícia Santos
Castas: Alfrocheiro
Teor Alcoólico: 13,8%
Acidez Total: 5,45 g/l
Enologia: Patrícia Santos
Dizem-nos que as provas devem possuir um rigor quase científico, balizada por critérios de quase infalibilidade, relegando para trás das costas toda a subjectividade que, segundo os especialistas, pode influir de forma positiva ou negativa na forma como avaliamos. No entanto, se cada vinho tem por trás pessoas físicas e se, em muitos casos, os vinhos são eles uma própria extensão física de quem os cria, será justo ignorar a empatia ou antipatia que o conhecimento pessoal nos provoca? Julgo que não!
Conheci a Patrícia Santos há cerca de 2 ou 3 anos na Beira Interior, na “2.5 Vinhos de Belmonte”, onde foi uma anfitriã viva, emotiva, franca e com uma dose de frontalidade admirável. A secundá-la, tinha os vinhos por si criados e uma profunda admiração pelo terroir e, sobretudo, pela adega onde se sente como peixe na água. A empatia foi imediata e, desde então, não apenas lhe sigo atentamente o trabalho, como tenho o gosto imenso de a ter por amiga.
Há 2 anos, a Patrícia deu corpo a um vinho de memória, um tinto do Dão, a sua casa. “Rosa da Mata” nasce para homenagear a sua avó, uma mulher beirã dedicada ao trabalho e ao pastoreio. Sendo um projecto pessoal e quase intimista, a enóloga colocou a sua manufactura não apenas o seu saber técnico, mas o coração, aquilo que torna cada acto especial.
Oriunda de uma vinha escolhida a dedo em Silvares, a uva Alfrocheiro foi colhida na fresca madrugada com neblinas do Dão, no intuito de preservar a sua integridade e impedir qualquer laivo de oxidação. A uva é fermentada em lagar sem controlo de temperatura, nem tratamentos mecânicos, tendo a remontagem durante a curtimenta sido realizada com macacos de madeira, método que preserva a pureza da casta.
De cor rubi aberta, revela frescura aromática, notas florais, esteva, leve balsâmico e intensidade da fruta.
Na boca acidez equilibrada, sem quaisquer excessos, uma vez mais a frescura, que torna o teor alcóolico já elevado pouco perceptível. Parece quase um contra-senso, mas este jovem vinho conjuga uma rusticidade que nos transporta para outros tempos, ao mesmo tempo que exibe elegância que o torna cosmopolita, mas revelador de uma identidade muito vincada da região. Bebê-lo é, sobretudo, um acto de imenso prazer e uma viagem a uma região que muito de bom tem para nos dar. Ansioso por provar a colheita de 2018.
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